Descrição
Neste texto abordo os territórios da performance art e do teatro performativo como ambientes propícios à desestabilização de ações naturalizadas no cotidiano, podendo oferecer certa perda de referencialidade nas representações de vocalidade e gênero em cena. Esta desestabilização é propícia à criação de corpos vocais queer, que estranham e estiolam a representação heteronormativa de identidade sexual e vocalidade em performance, subvertendo padrões hegemônicos de representação em prol da apresentação de outras possibilidades de ser/agir. Após a contextualização destes territórios de criação artística e conceituação de performatividade e corpo vocal queer, teço algumas reflexões sobre performances de Laurie Anderson, analisando sua prática artística como a prática de um corpo vocal queer.