Descrição
O presente artigo tem como proposta central discutir, a partir de problemas da História da Historiografia, a emergência da categoria analítica Distância Histórica e as possibilidades de modulação do tempo a partir de diferentes possibilidades de representação do tempo. Lançamos nossos olhares para o final do século XIX brasileiro destacando literatura e historiografia como dois gêneros fundamentais para criação de identidades. Procuramos compreender a pluralidade de projetos temporais para a modernidade brasileira, bem como questionamos a racionalidade pura na escrita da história. Identificamos a forte marca das sensibilidades como motivações estética, ideológica, formal e política para a representação do tempo nacional. Destacamos a nostalgia como significativo elemento que evidencia uma tensão temporal que separa duas visões sobre o tempo nacional: o passado monárquico e o passado republicano.