Descrição
O artigo investiga a propalada “aridez” feminina no incipiente campo literário brasileiro do entresséculos, à luz de um repertório de discursos e práticas culturais que apreendiam as mulheres como “essencialmente inferiores” aos homens. A força com que operavam tais discursos e práticas se fazia sentir de tal forma no processo de viabilização literária, que as escritoras, ao “ousarem” abandonar o anonimato e irromper os entraves à profissionalização, ou viram-se rotuladas como “amadoras”, ou receberam o epíteto de “excepcionais”. Palavras-chave: Viabilização literária feminina. Amadorismo. Excepcionalidade.