Descrição
The project Meu bairro, minha cidade: você tambémfaz parte desta história, which resulted in the inauguralexhibits of the first phase CEUs (2003-04), was conceivedwithin the Municipal Education Secretariat as a project of memory of peripheral neighborhoods. Developed in the context of the commemorations of the 450th anniversary of the founding of the city of São Paulo (1554-2004) the project fulfilled a twofold objective: to highlight the connections between local history and the wider history of the city, aiming at the inclusion of local memories in the school curriculum of the municipal school system, and favor the positive appropriation of the new school space by the population of its surroundings, then recognized as a building agent of the city. To emphasize these goals, we chose to invert the narrative axis of the city’s history from the center to the periphery, according to the premise that “the city begins where you live”. This discursive operation was based on the testimonies of the residents, which now constitute the guiding thread of this article, in order to address the connections between memory, identity and territory, as well as the definition of memory references, from a different perspective than those guiding the policies of patrimonialization.||O projeto Meu bairro, minha cidade: você também faz parte desta história, que resultou nas exposições inaugurais dos CEUs da primeira fase (2003-04), foi concebido no âmbito da Secretaria Municipal da Educação como um projeto de memória de bairros periféricos. Desenvolvido no contexto das comemorações dos 450 anos da fundação da cidade de São Paulo (1554- 2004) o projeto cumpria um duplo objetivo: evidenciar as conexões entre a história local e história mais ampla da cidade, visando a inclusão das memórias locais ao currículo escolar da rede municipal de ensino; e favorecer a apropriação positiva do novo espaço escolar pela população do seu entorno, então, reconhecida como agente construtor da cidade. Para enfatizar tais objetivos, optou-se pela inversão do eixo narrativo da história da cidade, do centro para a periferia, segundo a premissa que “a cidade começa no lugar onde você mora”. Tal operação discursiva foi fundamentada em depoimentos dos moradores, que ora constituem o fio condutor do presente artigo, no sentido de abordar as conexões entre memória, identidade e território, bem como a definição de referenciais de memória, a partir de uma perspectiva distinta daquelas que orientam as políticas de patrimonialização.
