Descrição
Este artigo examina como a instalação Bibliotheca (2002), de Rosângela Rennó, que lida com objetos que, tendo perdido sua função e significado original, ainda circulam pelo mundo em um estado “espectral”, usa metodologias do arquivo para problematizar as possibilidades de como conhecer as coisas. Assim, partindo de uma análise sobre a virada do arquivo na arte contemporânea, e em conexão e contrapartida à noção Benjaminiana sobre informação e a hipóteses sobre um conhecimento instaurado na materialidade das coisas, examina-se como tal obra estabelece uma relação crítica com procedimentos epistemológicos reinantes no presente e abre perceptivas para formas de conhecimento e narrações que não se baseiam na transmissão da informação objetiva.