-
crianças e guerra: as balas perdidas!||children and war: the stray bullets!||niños y guerra: las balas perdidas!
- Voltar
Metadados
Descrição
This essay seeks to answer the questions of which children in the contemporary world have been targeted and killed "unintentionally”or "at random" by the Brazilian State. In order to understand the place of children in this “war” we rely on the work, among others, of Achille Mbembe, Maurizio Lazzarato and Peter Pál Pelbart. Our text is structured in six sections. First, we take up the concepts of biopolitics, biopower and necropolitics , in an attempt to specify the type of governmental power that is exercised nowadays. Biopower is understood, not only as a military or political concept, but also in relation to a “biological” war (Lazzarato, 2016) against blacks, against certain sexualities, against some women and against some children. We than show how the construction of the universal idea of “child” excludes children who do not belong to this representation, which is, in general, disseminated as being the only image of a child. This diffusion of a single, universal notion of “child” is made through countless discursive and audiovisual imagery, and excludes black children and all those who diverge from or “flee” the hegemonic way of representing, thinking and writing about what a child is. Finally, we verify that the dead children are black and poor and we demonstrate the importance of children's political participation in social life.||Este artigo constitui-se em um ensaio que busca responder quais crianças na contemporaneidade têm sido alvo e mortas “sem querer”, “ao acaso” pelo Estado brasileiro. Para buscar entender o lugar das crianças nesta “guerra” nos apoiamos, nos autores, entre outros: Achille Mbembe, Maurizio Lazzarato e Peter Pál Pelbart. A construção do texto foi realizada em seis partes. Utilizou-se os conceitos de biopolítica, biopoder e necropolítica em um primeiro momento, procurando mostrar o tipo específico de poder que é exercido na contemporaneidade. Compreendeu-se o biopoder não como um conceito militar, da guerra ou da política somente, mas também, em relação a uma guerra “biológica” (Lazzarato, 2016), contra os negros, contra algumas sexualidades, contra algumas mulheres e contra algumas crianças. Buscou-se mostrar de que maneira a construção da ideia universal de criança, exclui crianças que não pertencem a esta representação, em geral, difundida incessantemente como sendo uma imagem única de criança. Esta difusão de criança única, universal se faz por meio de inúmeras formas discursivas, audiovisuais, imagéticas etc., e desta forma exclui as crianças negras e todas àquelas que fazem desviar, ou “fugir” a maneira hegemônica de representar, pensar e escrever sobre o que é uma criança. Por fim, verificamos que as crianças mortas são negras e pobres e buscamos mostrar a importância da participação política das crianças nas cenas sociais.||Este artículo es un ensayo que busca responder qué niños, en el mundo contemporâneo, han sido atacados y asesinados "involuntariamente", "al azar" por el Estado brasileño. Para tratar de comprender el lugar de los niños en esta "guerra", nos apoyamos, entre otros, en: Achille Mbembe, Maurizio Lazzarato y Peter Pál Pelbart. La construcción del texto se llevó a cabo en seis partes. Los conceptos de biopolítica, biopoder y necropolítica se utilizaron al principio, tratando de mostrar el tipo específico de poder que se ejerce en los tiempos contemporáneos. El biopoder se entendió no solo como un concepto militar, de guerra o político, sino también en relación con una guerra "biológica" (Lazzarato, 2016), contra los negros, contra algunas sexualidades, contra algunas mujeres y contra algunos niños. Intentamos mostrar cómo la construcción de la idea universal de un niño excluye a niños que no pertenecen a esta representación, en general, diseminados sin cesar como una imagen única de niño. Esta difusión de un niño único y universal se realiza a través de innumerables formas discursivas, audiovisuales, imágenes, etc., y de esta manera excluye a los niños negros y a todos aquellos que se desvían o "escapan" de la forma hegemónica de representar, pensar y escribir sobre qué es un niño. Finalmente, verificamos que los niños muertos son negros y pobres y buscamos mostrar la importancia de la participación política de niños en las escenas sociales.
ISSN
1984-5987
Periódico
Autor
abramowicz, anete
Data
11 de julho de 2020
Formato
Identificador
https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/childhood/article/view/48358 | 10.12957/childphilo.2020.48358
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2020 childhood & philosophy
Fonte
childhood & philosophy; Vol 16 (2020); 01 - 14 | childhood & philosophy; Vol 16 (2020); 01 - 14 | childhood & philosophy; Vol 16 (2020); 01 - 14 | 1984-5987
Assuntos
black child; biopolitics; necropolitics; political participation. | Estudos da Infância | Criança negra. Biopolítica. Necropolítica. Participação política. | niño negro; biopolítica; necropolítica; participación política.
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion