Descrição
Resumo: Questões pertinentes as corporeidades perpassam pelo “ter” ou “ser” um corpo (MERLEAU-PONTY, 1999). Neste artigo, o “ser um corpo” extrapola a simples objetificação de “ter um corpo”. Vislumbramos através dos significados as possibilidades de vivenciar e se permitir ter experiências (LARROSA, 2002), onde o corpo é o território de passagem dos sentimentos. Para tal, ao elucidar Claval (2002), nos deparamos com a perspectiva da Geografia Cultural que intenta compreender a produção do espaço geográfico com ênfase nas subjetividades dos sujeitos que dão sentido às suas práticas cotidianas. Com isso, instauramos a categoria corpo-território (MIRANDA, 2014), a qual convida a todos e todas se entenderem responsáveis por suas ações. Nesse bojo, a presente produção textual traça experiências corporais com destaque para as territorialidades afro-brasileiras. Sendo assim, apresentamos a problemática de pesquisa: de que forma as experiências do corpo-território afro-brasileiro podem contribuir para intensificar as epistemologias potentes na Geografia Cultural? Se perceber responsável pelas nossas corporeidades tem rebatimento na construção do espaço geográfico, visto que passamos a tensionar as relações de poder. É justamente na contra hegemonia que se forjam os corpos-territórios das populações negras e se verifica as resistências que atravessam as linearidades das Razão Indolente (BOAVENTURA, 2002). Palavras-chave: Geografia Cultural. Corpo. Território. Experiência. Afro-brasileiro.