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Conhecer para preservar: uma ideia fora do tempo||Knowing it to preserve it: an idea out of time
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Metadados
Descrição
This paper aims to reexamine the relationship between knowledge and preservation of cultural heritage, going beyond the clichés that have been repeated uncritically over time, whether in public cultural institutions or in schools. The purpose is to problematize the issue by warning readers about the risks of a naive point of view and of depoliticizing the discussion on heritage education. The essential question is: after all, who should be the target of education and awareness efforts on preservation? This becomes a key question in a contemporary context in which social groups are increasingly mobilizing to protect their cultural heritage, while the State has refused to recognize the socially constructed values of certain assets, thus allowing demolitions to take place. It must be acknowledged that the debate on education is no longer strictly a matter of social ignorance, since social groups are increasingly engaged in heritage preservation efforts. Therefore, this paper builds upon the premise that education is not a silver bullet solution to heritage preservation, but first and foremost a social right and a necessity. Thus, it is an inherent condition of preservation, since education allows us to problematize the official memory, the past and public preservation policies, as well as reconnect people to heritage.||O artigo se propõe repensar a relação entre conhecimento sobre o patrimônio cultural e a sua preservação, situando-se para além dos discursos de senso comum, os quais têm se reproduzido ao longo do tempo e de maneira acrítica, seja nas instituições públicas de cultura ou nas escolas. O objetivo é problematizar o tema alertando para os riscos de uma visão ingênua e da despolitização do debate em educação patrimonial. A pergunta essencial é: afinal, quem deve ser ensinado e sensibilizado para a preservação? Essa questão torna-se central em um contexto contemporâneo no qual os grupos sociais se mobilizam, cada vez mais, buscando a proteção de seus patrimônios culturais, enquanto em contrapartida o Estado tem se recusado a reconheceros valores atribuídos socialmente a determinados bens e, em consequência, permitido demolições. É preciso reconhecer que a discussão da educação patrimonial não passa mais, necessariamente, pela questão do seu desconhecimento social, já que os grupos sociais estão cada vez mais engajados na preservação do patrimônio. Parte-se, assim, da perspectiva que educação não é solução redentora para o patrimônio, mas, antes de tudo, um direito social e uma necessidade. Portanto, ela é condição inerente à preservação umavez que, a partir dela, pode-se problematizar a memória oficial e o passado, as políticas públicas de preservação e reconectar as pessoas ao patrimônio.
ISSN
1980-4466
Periódico
Autor
Scifoni, Simone
Data
30 de agosto de 2019
Formato
Identificador
https://www.revistas.usp.br/cpc/article/view/157388 | 10.11606/issn.1980-4466.v14i27espp14-31
Idioma
Fonte
Revista CPC; v. 14 n. 27esp (2019): Dossiê Educação Patrimonial; 14-31 | Revista CPC; Vol. 14 No. 27esp (2019): Dossiê Educação Patrimonial; 14-31 | Revista CPC; Vol. 14 Núm. 27esp (2019): Dossiê Educação Patrimonial; 14-31 | 1980-4466
Assuntos
Heritage education | Preservation policies | Social movements | Educação patrimonial | Políticas de preservação | Movimentos sociais
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion | Avaliado pelos pares