Descrição
Este texto procura explicitar alguns aspectos da interpretação bergsoniana de Aristóteles, sobretudo aqueles que fazem de Aristóteles um eminente representante do que Bergson denomina Filosofia das formas. A leitura bergsoniana procura mostrar que não há diferença significativa entre Aristóteles e Platão, na medida em que ambos comprometem-se com a fundação do conhecimento a partir da ontologia de Parmênides. Desta maneira, o quadro categorial aristotélico e o princípio ontológico da Forma da Formas, ou Forma Pura, tentam solucionar a aporia parmenídica remetendo a imobilidade ao estranho lógico do conhecimento, ou a objetividade ao conhecimento das existências em seu caráter lógico.