Descrição
Esse estudo propõe situar o problema da música dita "espectral" (após 1970) no quadro das revoluções múltiplas ocorridas na história da música ocidental de tradição escrita. Para fazê-lo, nos baseamos em uma abordagem metodológica original a partir do modelo das revoluções científicas de Thomas Kuhn. Essa hipótese teórica, desenvolvida pelo autor em vários ensaios, visa explocar a evolução das linguagens por meio da definição kuhniana de progresso científico. Assim, persuadimo-nos que a análise histórica da música espectral poderá mostrar que esta, como a tonalidade e o serialismo, representaram um verdadeiro "paradigma musical" no sentido kuhniano do termo.