-
Development of the Bakhtinian Concept of Polyphony||Desenvolvimento do conceito bakhtiniano de polifonia
- Voltar
Metadados
Descrição
In Problems of Dostoevsky’s Poetics, Bakhtin defines Dostoevsky as the creator of the polyphonic novel. We intend to review in this paper the development of the concept of polyphony, defined as the position of maximum distance between the author and the characters in a never-ending dialogue. Dialogism, essence of the Bakhtinian discourse theory, reiterates the subject’s presence in the communication, which is not seen merely as the transmission of information, but as verbal or non-verbal interaction. Individuals are built from interaction and through interaction. Discourses built from other discourses are never concluded and, therefore, texts have many voices. These voices must be equipollent in polyphony. According to Bakhtin, polyphony is an essential part of all enunciations, since different voices are expressed in a same text, and every discourse is built by several discourses. We only understand enunciations when we react to words that awaken in us ideological and/or individual echoes. The reality of signs is objective and it can be studied. Bakhtin calls this study metalinguistics, which is the study of bivocal discourse that inevitably arises under the conditions of dialogical communication and goes beyond linguistic study.||Este artigo se dedica a revisar o desenvolvimento do conceito de polifonia, posição de distanciamento máximo entre autor e personagens em um infindável diálogo, a partir da análise de algumas obras pertencentes à ficção dostoievskiana, feita por Bakhtin no livro Problemas da poética de Dostoiévski, no qual Dostoiévski é definido como o criador do romance polifônico. O dialogismo, essência da teoria bakhtiniana do discurso, reitera a presença do sujeito na comunicação, que não é vista apenas como uma simples transmissão de informação, mas como uma interação verbal ou não-verbal. Os sujeitos se constituem na e pela interação. O discurso, construído a partir do discurso do outro, nunca está concluso. Então, todo texto é composto de várias vozes que, na polifonia, têm de ser equipolentes. Segundo Bakhtin, a polifonia é parte essencial de toda enunciação, já que em um mesmo texto ocorrem diferentes vozes que se expressam, e que todo discurso é formado por diversos discursos. Só compreendemos enunciados quando reagimos às palavras que despertam em nós ressonâncias ideológicas e/ou concernentes à nossa vida. A realidade do signo é objetiva e passível de um estudo metodologicamente unitário. Bakhtin chama esse estudo do discurso bivocal, que inevitavelmente surge sob as condições de comunicação dialógica e ultrapassa os limites da linguística, de metalinguística.
ISSN
1980-4016
Periódico
Autor
Pires, Vera Lúcia | Tamanini-Adames, Fátima Andréia
Data
7 de dezembro de 2010
Formato
Identificador
https://www.revistas.usp.br/esse/article/view/49272 | 10.11606/issn.1980-4016.esse.2010.49272
Idioma
Fonte
Estudos Semióticos; v. 6 n. 2 (2010); 66-76 | Estudos Semióticos; Vol. 6 No. 2 (2010); 66-76 | Estudos Semióticos; V. 6 N. 2 (2010); 66-76 | Estudos Semióticos; Vol. 6 Núm. 2 (2010); 66-76 | Estudos Semióticos; Bd. 6 Nr. 2 (2010); 66-76 | Estudos Semióticos; Vol. 6 No 2 (2010); 66-76 | 1980-4016
Assuntos
polifonia | dialogismo | metalinguística | polyphony | dialogism | metalinguistics
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion