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Brazil jagunço: rhetoric and poetics || O Brasil jagunço: retórica e poética
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Metadados
Descrição
After the works of authors like Euclides da Cunha, Caio Prado Jr. and Oliveira Vianna, banditism has won, in the novel Grande sertão: veredas, by Guimarães Rosa, a representation that matches its importance in Brazil's everyday life. With the ficcional narration of the jagunços'war (i.e., bands of criminals fighting for power in the central area of the country around 1900), the novel offers a portrait of Brazil which evokes structures that remain present nowadays. The concept of the "jagunço system", introduced by Guimarães Rosa, turns the novel into a form of research that overcomes the best sociological and historical portraits of Brazil. The fact that the narrator is himself a jagunço, a "literate jagunço", not only offers an inside view of the world of crime, but also exposes the mechanism of the jagunço institution by picturing the rhetoric between the bosses and their subordinates. || O tema do banditismo no Brasil, depois de ter sido registrado por autores como Euclides da Cunha, Caio Prado Jr. e Oliveira Vianna, ganha no romance Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa, uma representação que corresponde à importância que esse fenômeno ocupa na vida cotidiana do país. Com a narração ficcional da guerra de jagunços, ou seja, bandos de criminosos disputando o poder no planalto central do país por volta de 1900, o romance fornece um retrato do Brasil que não se limita a acontecimentos do passado, mas evoca alegoricamente estruturas que se prolongam até os dias atuais. O conceito de "sistema jagunço", introduzido pelo autor, contribui para fazer do romance uma forma de pesquisa que se equipara aos melhores retratos sociológicos e historiográficos do Brasil; ele até os supera, pela lucidez e qualidade técnica da apresentação. O fato de o narrador ser ele próprio um jagunço, um "jagunço letrado", não só proporciona uma visão de dentro do mundo do crime, como também expõe detalhadamente o funcionamento da instituição da jagunçagem através de uma encenação da retórica dos chefes e de seus subalternos. Por meio de uma poética astuciosa, crítica e auto-reflexiva, o romancista revela como a violência institucionalizada articula seu discurso.
ISSN
2316-901X
Autor
Bolle, Willi
Data
1 de fevereiro de 2007
Formato
Identificador
https://www.revistas.usp.br/rieb/article/view/34566 | 10.11606/issn.2316-901X.v0i44p141-158
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2016 Revista do Instituto de Estudos Brasileiros
Fonte
Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; n. 44 (2007); 141-158 | Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; No. 44 (2007); 141-158 | Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; Núm. 44 (2007); 141-158 | Revista do Instituto de Estudos Brasileiros; No 44 (2007); 141-158 | 2316-901X | 0020-3874
Assuntos
Guimarães Rosa | retratos do Brasil | Brasil^i1^sfic | Brasil^i1^shistó | Brasil^i1^spolít | banditismo | jagunçagem^i1^ssistema jagu | Guimarães Rosa | portraits of Brazil | Brazil^i2^sficct | Brazil^i2^shist | Brazil^i2^spolit | banditism | jagunçagem^i2^sjagunço sys
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion