Descrição
A proposta deste artigo é contribuir com a discussão sobre a vocação do Rio de Janeiro para abrigar megaeventos, levando especialmente em consideração o tratamento midiático desenvolvido nesses períodos sobre a violência urbana. Além da oportunidade de confraternização, esses eventos representam importante fonte de divisas e de negócios. Nos últimos tempos também têm sido utilizados para consolidar políticas públicas de segurança. Para compreender melhor esse quadro, recorremos a teóricos como Bauman e Maffesoli, atentos às questões da violência e dos ajuntamentos urbanos. A análise da cobertura do Carnaval de 2010 do Rio de Janeiro demonstra a tendência de priorizar a programação do megaevento no lugar dos assuntos abordados no cotidiano dos jornais. Essa estratégia parece reforçar a idéia de que a cidade está preparada para os megaeventos futuros.||The purpose of this paper is to contribute to the discussion on the vocation of Rio de Janeiro to host mega events, especially taking into account the media treatment of urban violence in these periods. Besides the opportunity of congregating, such events represent an important source of incomings and businesses. Recently they have also been used to strengthening public safety policies. To better understand this situation, we turn to theorists such as Bauman and Maffesoli, attentive to issues of violence and urban gatherings. The analysis of Rio de Janeiro’s 2010 Carnival coverage shows a tendency to prioritize the scheduling of the mega event instead of the matters addressed in daily newspapers. This strategy seems to reinforce the idea that the city is prepared for future mega events.