Descrição
este artigo investiga como o cinema acolhe politicamente os rostos, corpos e vozes daqueles que habitam as periferias urbanas no Brasil. Se “os povos estão expostos”, como nos diz Georges Didi-Huberman, buscamos compreender quais formas de exposição são produzidas e convocadas pelo cinema brasileiro em diferentes épocas e contextos. Para isso, analisamos algumas cenas de filmes realizados no Brasil entre os anos 1970 e 2010. Diante da chegada do cinema nas comunidades periféricas, refletimos sobre a constituição das imagens e dos imaginários dos povos quando estes passam a ser sujeitos de sua própria aparição.||This article investigates how the cinema politically assimilates the faces, bodies and voices of those who live in urban peripheries in Brazil. If “the people are exposed”, as Georges Didi Huberman argues, we seek to understand what types of exposure are produced and assembled by Brazilian cinema in different time periods and contexts. For such, we analyze selected scenes of films made in Brazil between the 1970s and 2010. Considering the arrival of cinema in peripheral communities, we reflect about the constitution of the images and imaginaries of peripheral peoples when they become the subjects of their own appearance.