Descrição
Neste artigo, consideramos o aspecto da atuação no cinema silencioso de estrelas da ópera com o objetivo de trazer questionamentos sobre uma possível influência das experiências desses artistas em sua atuação operística no sentido de um maior naturalismo. Colocando a atuação nos palcos dentro de uma esfera mais ampla, estudamos o “pictorialismo” (as poses), comum no teatro não musicado do final do século XIX e adotado também na ópera. Para nossas reflexões, usamos um caso com boa documentação de exibição cinematográfica, o da estrela do Metropolitan Opera House, a soprano Geraldine Farrar, como Carmen, no filme homônimo de 1915 de Cecil B. DeMille.||This paper raises questions concerning the participation of opera singers in silent movies and the influence of that experience on the creation of a more naturalist form of acting in opera. Considering the activity of acting under a broader perspective, we reflect about stage pictorialism, a common practice in non-musical theater by the end of the 19th century which is also adopted in opera. Our considerations are guided by a well-documented case of film screening, Metropolitan Opera House soprano Geraldine Farrar as Carmen in the homonym 1915 movie by Cecil B. De Mille.