Descrição
Orientador: Odilon José Roble||Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes||Resumo: Esta dissertação busca, por meio de um olhar estético-filosófico sobre os fenômenos cênicos, enxergar as manifestações além da mera descrição, levando em conta o corpo simbólico que se apresenta na dança dramática. A Congada foi a dança analisada, com a intenção de investigar as relações simbólicas por meio do conhecimento sensível proposto pelo pensador francês Michel Maffesoli, buscando entender as mudanças que se apresentaram no corpo do congadeiro e as projeções estéticas que dialogam com essas transformações. Por meio do mito de origem da Congada indagamos a função do mito no processo de construção desta dança dramática. A compreensão estético-filosófica do mito quer seja em Maffesoli (2001), Mircea Eliade (1972) ou Nietzsche (2003) levou-nos a enumerar potências que nos mostram quanto o mito pode produzir profícuos diálogos com as danças dramáticas. Essas potências se configuram, essencialmente, como elementos de uma estética dionisíaca, de uma experiência imediata com a vida e uma teatralidade das máscaras. A resultante experimental que surgiu de todo o processo em questão se apresenta de forma híbrida - dança, música e vídeo ¿ se congregam e dialogam para se transformar em "Vestígios", uma apresentação cênica que exercitou um corpo mestiço, proposto por Eros Volúsia, e uma metamorfose que transcendesse o real e cotidiano indagado através de Zaratustra de Nietzsche. Por meio, da pesquisa teórica é que problematizou a prática e compreendemos a disposição técnica e energética dos corpos dos congadeiros, que se metamorfoseia para construir cenas que denotam certa ruptura com o contexto do dia-a-dia. Neste contexto, a criação atravessa esse corpo que rompe com o hoje e se transforma nas várias faces do Congadeiro, sendo elas, escravo, rei, rainha, festeiro, devoto, pagador de promessas, brincante||Abstract: This dissertation seeks, through an aesthetic-philosophical look at the scenic phenomena, to see the manifestations beyond mere description, taking into account the symbolic body that presents itself in the dramatic dance. The Congada was the dance analyzed, with the intention of investigating the symbolic relations through the sensible knowledge proposed by the French thinker Michel Maffesoli, trying to understand the changes that were presented in the body of the congadeiro and the aesthetic projections that dialogue with these transformations. Through the myth of origin of the Congada we investigate the function of the myth in the process of construction of this dramatic dance. The aesthetic-philosophical understanding of the myth whether in Maffesoli (2001), Mircea Eliade (1972) or Nietzsche (2003) led us to enumerate powers that show us how myth can produce fruitful dialogues with dramatic dances. These powers essentially figure as elements of a Dionysian aesthetic, an immediate experience with life and a theatricality of the masks. The experimental result that emerged from all the process in question presents itself in a hybrid way - dance, music and video - congregate and dialogue to become "Vestiges", a scenic presentation that exercised a mestizo body, proposed by Eros Volusia, and A metamorphosis that transcended the real and everyday questioned through Zarathustra of Nietzsche. By means of theoretical research, he has problematized the practice and we understand the technical and energetic disposition of the bodies of the congadeiros, who metamorphose to construct scenes that denote a certain rupture with the context of the day to day. In this context, creation crosses this body that breaks with today and becomes the various faces of the Congadeiro, being they, slave, king, queen, party-goer, devotee, payer of promises, gibberish||Mestrado||Teatro, Dança e Performance||Mestra em Artes da Cena
