-
Cartografia de um improvisador em criação||A map of an improviser in creation
- Voltar
Metadados
Descrição
Orientador: Eusébio Lobo da Silva||Acompanha DVD com o espetáculo improvisado "Trânsito Livre" realizado com a Cia SeisAcessos e folheto||Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes||Resumo: O dicionário Aurélio define o improvisador como "o que improvisa/ Repentista". Já o Dicionário de Teatro de Patrice Pavis não apresenta uma definição. Mas quem é o improvisador? Como defini-lo? O que determina um "bom" improvisador? Quais são seus procedimentos? Fazendo essas perguntas deparei-me com a seguinte afirmação de Novarina (2005, p. 19): "Será preciso que um dia um ator entregue seu corpo à medicina, que seja aberto, que se saiba enfim o que acontece ali dentro, quando está atuando." Decidi "abrir" o improvisador para cartografá-lo, e minha "medicina" foi a Zona do Improviso (ZI), um jogo de improvisação sistematizado em meu mestrado1. Esta cartografia foi gerada na experimentação da Zona do Improviso como linguagem cênica, resultando no espetáculo improvisado Trânsito Livre realizado com a Cia SeisAcessos2. Trânsito Livre aglutina as etapas da experimentação - criação, ensaio e apresentação - em um único território no qual o improvisador é a própria linguagem. Através da ZI, verifiquei procedimentos e atributos do improvisador que o territorializam em um fluxo cartográfico e em constante condição de vir a ser, por isso, esta tese não propõe uma definição para o improvisador e sim um mapeamento: uma cartografia teórico criativa possível de um improvisador em criação. Nesta pesquisa, o território poético do improvisador não é o teatro ou a dança, mas as virtualidades e imanências, sendo sua linguagem ele próprio, e por esta perspectiva, o improvisador não compõe a improvisação, mas se decompõe nela. Portanto, mais do que compartilhar minhas metodologias e princípios sobre a improvisação, proponho-me nesta tese cartográfica, discutir e reinventar o território de quem improvisa, mapeando um Improvisador em Criação que (nesta pesquisa) se dá no encontro rizomático e em devir entre cinco forças relacionais indivisíveis e constituintes da própria criação: imaginação, pensamento, memória, técnica e movimento. Para lançar o improvisador em fluxo cartográfico experimentei e investiguei alguns improvisadores em laboratórios da Zona do Improviso, aliando a esta prática uma constante provocação de autores, cujos princípios e conceitos me encaminharam para uma perspectiva teóricocriativa potencializadora de minhas experimentações. Entre eles destaco principalmente Baruch Spinoza, Valère Novarina, Gilles Deleuze, Félix Guattari, Jose Gil, Renato Ferracini, Viola Spolin e Keith Johnstone||Abstract: The most recurrent definition of 'improviser' that appears in any dictionary is "the one who improvises". If we look it up in the Dictionary of Theatre by Patrice Pavis, instead, we will not find it. So, who is the improviser? How to define it? What defines a "good" improviser? What about his procedures? While asking myself these questions I came across the following provocation by Novarina (2005, p. 19): "It will be necessary for the actor to donate his body for medical research, in order to have it opened, and finally get to know what happens inside him, while he is acting". I decided to "open" the improviser in order to map him, and my "medical research" was the Improvisation Zone (ZI), a systematized improvisation game. This map was generated by the experimentation of the ZI as a scenic language, which led to the improvised play called "Trânsito Livre" ("Free Traffic"), performed by SeisAcessos Company. "Trânsito Livre" articulates all the stages of experimentation - preparation, rehearsal and presentation - within a unique territory in which the improviser is the language itself. Throughout the Improvisation Zone, I put into practice procedures and attributes that territorialize the improviser in a mapping flow and in a constant condition of "becoming". Therefore this thesis does not provide a definition for improviser, but a mapping, a possible theoretical creative map of an Improviser in Creation. In this thesis, the poetic territory of the improviser is not related to theater or dance, but the virtualities and immanences, a fact that allows him to turn himself into his own language. From this perspective, the improviser does not compose the improvisation, but decomposes himself into improvisational potentialities. So, rather than share personal principles and methodologies associated with improvisation, in this cartographic research I propose to discuss and reinvent the territory inhabited by those who improvise, mapping an Improviser in Creation, a process that takes place at the rhizomatic crossroad that involves five relational forces which are indivisible and constitutive of creation: imagination, thought, memory, technique and movement. In order to place the improviser in a mapping flow, I tested and investigated some improvisers making experiments for laboratorial exercise in the Improvisation Zone, combining with this practice a constant provocation carried out by authors whose principles and concepts led me to a specific theoretical-creative perspective. Among them, I highlight Baruch Spinoza, Valère Novarina, Gilles Deleuze, Felix Guattari, José Gil, Renato Ferracini, Viola Spolin and Keith Johnstone||Doutorado||Artes Cenicas||Doutor em Artes
Autor
Volpe, Marina Fernanda Elias
Data
2011 | 2019-12-09T12:40:51Z | 2019-12-09T12:40:51Z
Identificador
VOLPE, Marina Fernanda Elias. Cartografia de um improvisador em criação. 2011. 209 p. Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes, Campinas, SP. Disponível em: http://www.repositorio.unicamp.br/handle/REPOSIP/284465. Acesso em: 9 dez. 2019. | http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/284465
Idioma
Provedor
Editor
[s.n.]
Assuntos
Improvisação na dança | Teatro | Corporeidade | Criação na arte | Improvisation in dance | Theater | Corporeity | Creation in art
Tipo
TESE