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Documentário autobiográfico de mulheres : tecnologias, gestos e estéticas de resistência||Autobiographical documentary by women : technologies, gestures and aesthetics of resistance
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Metadados
Descrição
Orientador: Gilberto Alexandre Sobrinho||Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes||Resumo: Esta pesquisa dá-se na confluência entre os domínios do documentário autobiográfico, do documentário performativo e da teoria feminista do cinema, com foco no potencial estético-político do campo colaborativo que se forma entre eles. Segundo a concepção de cinema como uma tecnologia de produção de gênero desenvolvida por Teresa de Lauretis, são investigadas as maneiras como documentários autobiográficos realizados por mulheres se configuram enquanto estratégias de resistência. Ao implicar simultaneamente os modos de fazer ¿ produção ¿ e os modos de olhar ¿ recepção ¿ estas estratégias estão intimamente ligadas aos modos de endereçamento dos filmes, ou seja, às formas como as cineastas se comunicam com as espectadoras. Nesse sentido, parte-se de formulações contra-hegemônicas da produção e legitimação do conhecimento, como performatividade (Schechner e Butler), saber localizado (Haraway) e olhar opositor (hooks) para entender como, ao acionar múltiplas perspectivas, os filmes analisados entram na disputa pela discursividade e pela representação. Assim, no primeiro capítulo são apresentadas as três linhas que guiam o estudo: a teoria feminista de cinema, o documentário performativo e o documentário autobiográfico. No segundo capítulo, são abordados vinte filmes, documentários autobiográficos realizados por mulheres de diferentes nacionalidades num recorte temporal de cinco décadas (1972-2020). As análises são organizadas em torno de sete gestos essenciais com os quais as diretoras se dirigem às espectadoras: expor; inspirar; provocar; disputar; apropriar-se; decolonizar; e deslocar. No terceiro capítulo, consta um mapeamento da produção brasileira deste gênero de filmes e, em seguida, uma análise crítica de minha própria trajetória artística, buscando os gestos que guiam a minha obra e dando a ver o caminho que me levou até a realização do documentário autobiográfico Limiar||This research takes place in the confluence between the domains of autobiographical documentary, performative documentary and feminist theory of cinema, focusing on the aesthetic-political potential of the collaborative field that is formed between them. According to the conception of cinema as a gender production technology developed by Teresa de Lauretis, the ways in which autobiographical documentaries made by women are configured as strategies of resistance are investigated. By simultaneously implying the modes of making - production - and the modes of looking - reception - these strategies are closely linked to the modes of addressing films, that is, the ways in which filmmakers communicate with the spectators. In this sense, we start from counter-hegemonic formulations of production and legitimization of knowledge, such as performativity (Schechner and Butler), localized knowledge (Haraway) and opposing gaze (hooks) to understand how, by activating multiple perspectives, the analyzed films enter into the dispute for discursiveness and representation. The first chapter introduces the three guidelines for the study: feminist film theory, performative documentary and autobiographical documentary. In the second chapter, twenty films, autobiographical documentaries made by women of different nationalities in a time frame of five decades (1972-2020), are discussed. The analyses are organized around seven essential gestures with which the directors address the spectators: to expose; to inspire; to provoke; to dispute; to appropriate; to decolonize; and to dislocate. In the third chapter, there is a mapping of Brazilian production of this genre of films and a critical analysis of my own artistic trajectory, searching for the gestures that guide my work and showing the path that led me to the autobiographical documentary Threshold||Doutorado||Multimeios||Doutora em Multimeios||88882.461722/2019-01||CAPES
Autor
Ruiz, Coraci Bartman, 1978-
Data
2020 | 2020-09-08T00:00:00Z | 2020-11-06T00:52:21Z | 2020-11-06T00:52:21Z
Identificador
RUIZ, Coraci Bartman. Documentário autobiográfico de mulheres: tecnologias, gestos e estéticas de resistência. 2020. 1 recurso online (256 p.) Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Artes, Campinas, SP. | http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/351965
Idioma
Provedor
Editor
[s.n.]
Relação
Requisitos do sistema: Software para leitura de arquivo em PDF
Assuntos
Documentário (Cinema) | Documentário performático | Teoria feminista do cinema | Feminismo | Autobiographical documentary | Performative documentary | Feminist film theory | Feminism
Tipo
TESE DIGITAL