Descrição
O presente texto tem como tema e objetivo uma reflexão sobre as possibilidade de intersecção entre cinema e filosofia a partir da análise de elementos filosóficos propostos na obra A Arca Russa (2002) de Alexandr Sukorov, especialmente reflexões sobre a arte, a cultura e a experiência estética presentes em pensadores com Friedrich Nietzsche, Walter Benjamin, Theodor Adorno, para, conclusivamente, explicitar os possíveis paralelos da narrativa filmográfica em questão com a posição existencial presente na filosofia fenomenológica de Martin Heidegger, tentando argumentativamente destacar que uma das principais contribuições filosóficas do filme é o sentimento de desorientação do sujeito que se vê obrigado a uma reflexão mais acurada sobre si e sobre o mundo que o cerca para poder entender quem é e qual o seu papel nesse contexto. Palavras-chave: cinema e filosofia; experiência estética; fenomenologia; cultura de massa; arte trágica.