Descrição
O estudo apresentado vincula-se à uma pesquisa realizada na Iniciação Científica da Universidade Federal do Espírito Santo[1] e ao projeto de pesquisa Educação Inclusiva: um estudo das práticas educativas na escola à luz das contribuições da Perspectiva Histórico-Cultural sob número de registro de aprovação CAAE 62836116.2.0000.5063 no Comitê de Ética e Pesquisa em seres humanos. O estudo se propôs a pesquisar os processos de alfabetização de alunos com deficiência intelectual que frequentam as salas de recursos multifuncionais (Atendimento Educacional Especializado), de uma escola municipal de São Mateus, ES, tendo como objetivo compreender como a criança com deficiência intelectual significa o mundo e a si mesma através dos processos que envolvem a elaboração e a aprendizagem inicial da escrita. A pesquisa se fundamentou nos estudos da perspectiva Histórico-Cultural desenvolvida por Vigotski (1998, 2001, 2005, 2011), segundo os quais as origens e as explicações do funcionamento psicológico do homem devem ser buscadas nas interações sociais, na medida em que é aí que o indivíduo tem acesso aos instrumentos e aos sistemas de signos que possibilitam o desenvolvimento de formas culturais de atividades e permitem estruturar a realidade, o próprio pensamento e o reconhecimento de si mesmo como pessoa. O método utilizado para a obtenção dos dados foi a pesquisa participante na qual a pesquisadora durante os meses de agosto a dezembro de 2017, observou e interagiu com dois alunos e a professora na sala de recursos multifuncionais de uma escola municipal de São Mateus-ES, sujeitos da pesquisa. Para o registro dos dados, utilizou-se o diário de campo com anotações de falas, gestos, expressões faciais e recursos pedagógicos que eram instaurados nas relações de ensino.[1] A pesquisa realizada na Iniciação Científica intitula-se: Os processos iniciais de escrita em crianças com deficiência em atendimento nas Salas de Recursos Multifuncionais.