Descrição
This article works on a contradictory subject, which has been pointed out by the medical discourse tendency overlaid the child concept, according to a conception which refers to a stage of life to be overcome, molded and adapted. It presents a problematic of that discourse, like fomented by the neuroscience nowadays, in child’s production submitted to pathologization and, therefore, submitted to the increasing of psychotropic drugs. It shows the delusion involved in conceptions which tend to suppress the child’s structural condition of being through the concept from the unconscious and the phantasy which refers to the infant’s subjective structure. It lines out the contraposition offered by the psychoanalysis specially clinic proposed by Jacques Lacan, through the impossibility to adapt the desire and it purposes to situate the children beyond the adaptive trends which delivers to the subjective silence. Keywords: child; neuroscience; psychoanalysis; psychotropic drugs; subject||O artigo trata de um tema controverso, apontado por uma tendência do discurso médico à sobreposição do conceito de criança, segundo uma concepção que refere uma fase da vida a ser superada, moldada e adaptada. Apresenta uma problemática provocada por este discurso e fomentada pelas neurociências, na atualidade, que é a produção de crianças submetidas à patologização e, consequentemente, ao aumento do uso de psicofármacos. Mostra o engodo envolvido em concepções que tendem à supressão da criança de sua condição estrutural de sujeito, a partir do conceito de sujeito do inconsciente e de fantasia como aquilo que remete ao infantil da estrutura subjetiva. Esboça a contraposição psicanalítica da clínica proposta por Jacques Lacan, que se refere à impossibilidade de adaptação do desejo e que tem por objetivo situar a criança para além de tendências adaptacionistas que remetem ao silenciamento subjetivo. Palavras chave: criança; neurociência; psicanálise; psicofármaco; sujeito