-
A crítica ao homem oitocentista nos folhetins “fantásticos” de Eça de Queirós
- Voltar
Metadados
Descrição
Objetiva-se, com este estudo, uma análise das narrativas “O milhafre”, “O lume” e “Memórias duma forca”, de Eça de Queirós, publicadas inicialmente no jornal Gazeta de Portugal em 1867, e, postumamente, compiladas no volume Prosas Bárbaras (1903), a fim de compreender como o autor de Os Maias faz uso do fantástico, para fazer uma crítica social ao Oitocentos. De acordo com os pressupostos de Reis (1951) e de Saraiva (1995), reconhecemos Eça como um escritor que dialoga com o fantástico. Deste modo, partindo das reflexões de Peixinho (2002) e de Nery (2010), sobre o viés fantástico na obra de Eça de Queirós, e de outros críticos que se debruçam sobre a produção inicial do autor nascido em Póvoa de Varzim, trataremos de elucidar como Eça traz o fantástico nesses textos, evidenciando a complexidade dessa produção, já que, para ele, não se trata apenas de trazer o fantástico, uma vez que ele insere assuntos do teor social, fazendo, dessa forma, uma crítica ao homem oitocentista.
ISSN
1984-4018
Periódico
Colaboradores
FAPESP
Autor
Carniel, Jean Carlos | Pavanelo, Luciene Marie
Data
5 de dezembro de 2018
Formato
Identificador
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/7762 | 10.30612/raido.v12i29.7762
Idioma
Relação
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/7762/4747 | /*ref*/BATALHA, M. C. Introdução. In: ______ (org.). O fantástico brasileiro: contos esquecidos. Rio de Janeiro: Caetés, 2011. | /*ref*/GARCÍA, F. O "insólito" na narrativa ficcional: a questão e os conceitos na teoria dos gêneros literários. In: ______ (Org.). A banalização do insólito: questões de gênero literário – mecanismos de construção narrativa. Rio de Janeiro: Dialogarts, 2007, p.11-22. | /*ref*/GROSSEGESSE, O. O animal filosófico e a escrita autobiográfica. De E. T. A. Hoffmann a Eça de Queiroz. Runa. Revista portuguesa de Estudos Germanísticos, n. 15-16, Coimbra, p. 131-149, 1991. | /*ref*/NERY, A. A. Diabos (diálogos) intermitentes: individualismo e crítica à instituição religiosa em obras de Eça de Queirós. 2010, 259 f. Tese (Doutorado em Literatura Portuguesa) – Doutorado em Letras: Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2010. | /*ref*/PEIXINHO, A. T. A gênese da personagem queirosiana em “Prosas Bárbaras”. Coimbra: Minerva, 2002. | /*ref*/QUEIRÓS, E. de. Textos de Imprensa I (da Gazeta de Portugal). Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2004. | /*ref*/______. Contos I. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2009. | /*ref*/REIS, J. B. Introdução: Na primeira fase da vida literária de Eça de Queirós. In: QUEIRÓS, E. de. Prosas Bárbaras. Porto: Lello & Irmão, 1951, p. 5-53. | /*ref*/RODRIGUES, A. P. F. Eça de Queirós e as páginas esquecidas do Distrito de Évora. 2008, 147f. Dissertação (Mestrado em Literatura e Cultura Portuguesas) – Mestrado em Literatura e Cultura Portuguesa: Universidade Aberta, Lisboa, 2008. Acesso em: 19 mar. 2018. Disponível em: . | /*ref*/SARAIVA, A. J. As ideias de Eça de Queirós. Lisboa: Bertrand, 1982. | /*ref*/______. O manto da fantasia. In: ______. A tertúlia ocidental: estudos sobre Antero de Quental, Oliveira Martins, Eça de Queirós e outros. 2. ed. Lisboa: Gradiva, 1995. p. 149-157. | /*ref*/SIMÕES, J. G. Eça de Queiroz: o homem e o artista. Lisboa: Dois Mundos, 1945. | /*ref*/TODOROV, T. Introdução à literatura fantástica. São Paulo: Perspectiva, 1975.
Direitos autorais
Direitos autorais 2018 Raído
Fonte
Raído; v. 12, n. 29 (2018); 11-24 | 1984-4018
Assuntos
Letras, Literatura Portuguesa | Fantástico. Insólito. Eça de Queirós. Crítica social.
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion