Descrição
Este artigo apresenta a crítica de Nietzsche à filosofia de Eduard von Hartmann no período que abarca as Segunda e Terceira Considerações Extemporâneas. Iniciamos reconstituindo a importância (muitas vezes subestimada) da filosofia hartmanniana no cenário intelectual alemão desse período e apresentando alguns traços centrais de seu sistema. A seguir, passamos à análise da Segunda Consideração Extemporânea, demonstrando o papel da filosofia de Hartmann nessa obra como a ilustração privilegiada de uma tendência nociva diagnosticada por Nietzsche em sua época. Ao final, apresentamos Schopenhauer como educador como um complemento à obra anterior, na medida em que Schopenhauer é tomado como contraexemplo daquela tendência nociva representada por Hartmann