Descrição
The quest for an especific identity was certainly one of the most discussed topics by historiography relating to Minas Gerais. This article seeks to critically evaluate this long debate, focusing on the works of interpretation produced during the first half of the twentieth century. These texts understood the mineiridade as a fixed “essence”, objective, definitive, common to all mineiros, in a conception of identity that would not open for changes and differences. It is here to propose a “non-essentialist” reading of these interpretations, understanding cultural identity as a process in permanent construction. This critical exercise should assist in discussion of possible ways to build a more open, democratic and inclusive public space in Minas Gerais.||A busca por uma identidade específica foi certamente um dos temas mais discutidos pela historiografia relativa a Minas Gerais. Este artigo pretende avaliar criticamente esse longo debate, focalizando os trabalhos de interpretação produzidos durante a primeira metade do século XX. Tais textos compreendiam a mineiridade como uma “essência”, objetiva, fixa, definitiva, comum a todos os mineiros, numa concepção identitária que não abria espaço para as mudanças e diferenças. Trata-se, aqui, de propor uma leitura “não-essencialista” dessas interpretações, compreendendo a identidade cultural como um processo em permanente construção. Esse exercício crítico deve auxiliar na discussão de possíveis caminhos para projetar um espaço público mais aberto, democrático e inclusivo em Minas Gerais.