Descrição
Este artigo apresenta a trajetória da coreógrafa Lia Rodrigues (1956), mostrando como a artista sempre buscou alargar suas possibilidades de agir no mundo, para além da criação coreográfica, tornando-se porta-voz da classe da dança no Rio de Janeiro nos anos 1990, criadora do Festival Panorama e um nome de projeção internacional. O estudo mostra nascimento de sua companhia, seguido da transferência do grupo para a residência na favela da Maré, na Zona Norte do Rio, em 2004, num projeto coreopolítico (Lepecki, 2012) que se estende até hoje, que mexeu com a sua dança mas também com a favela. E elenca todas as criações nos 30 anos da Lia Rodrigues Companhia de Danças, mostrando suas influências e reflexões dentro e fora da cena.