Descrição
Uma relação particular entre o discurso oficial cubano e a história do país, parece ter ajudado na legitimação dos líderes históricos da Revolução e na delineação de eventos e figuras que articulariam a narrativa de continuidade histórica revolucionária através dos séculos. Neste artigo, discutimos como a conjunção dessas linhas discursivas impactou não apenas nos elementos simbólicos da apreensão do sentimento nacional, mas na criação de uma temporalidade particular da Revolução. A nossa análise se debruça no entendimento de um aparente “tempo extraordinário” da Revolução Cubana (MARTÍNEZ HEREDIA, 2009), e seus desdobramentos entre as mudanças radicais do “tempo em Revolução”, da década de 1960, e o “tempo da Revolução”, enquanto construção coletiva do presente.