Descrição
Este trabalho consiste observar e desenvolver uma reflexão crítica sobre o papel da autoestima no desenvolvimento da criança na escolaridade monocultural que é excludente. Observando diante disto as contribuições da categoria da Dimensão Pedagógica do Cinema Negro, que nesse processo poderá contribuir para a superação que é imposta aos negros enquanto minoria. Observamos que na sociedade contemporânea as lutas e pautas raciais, socioeconômicas e culturais transcenderam o campo das letras e transformaram em lutas de imagem, que se projetaram em lutas de classe, desse modo, as produções audiovisuais ganharam mais espaço e importância. Considerando que as identidades são construídas na relação do eu com o outro (Hall, 2011), podemos afirmar que a mídia tem tentado influenciar a imagem que a criança tem de si, o que pode também influenciar a autoestima das crianças ao não se verem representadas. Nesse contexto, o cinema negro tem demonstrado que sua dimensão pedagógica (Prudente, 2011, 2017, 2019 e 2020), é fundamental na medida em que se transformou em representante dos grupos vulneráveis minorizados na sociedade que é impregnada pela euroheteronormatividade, fenômeno determinante para o autoritarismo da verticalidade da hegemonia imagética do euro-hetero-macho-autoritário, na tentativa de negação da horizontalidade da imagem do ibero-ásio-afro-ameríndio como grupo minoritário e a minoria como um todo.