Descrição
O corpo vivo se imerge nos espaços. Meio e corpo inserindo-se inteiramente nos espaços no curso da imersão sem que uma personalidade dirija conscientemente esses movimentos. Convém evitar aqui um vitalismo finalista que atribuiria uma intencionalidade representacional do corpo vivo. Uma ecologia pré-motriz é sentida imediatamente pelo corpo na relação com o mundo. O corpo vivo age em pessoa e não como uma pessoa, sem intermediário, menos por uma reflexividade consciente que por um despertar e uma ativação. Na imersão, o corpo vivo invade inteiramente a sensibilidade sem que o sujeito consiga ser extraído pela reflexão: a intensidade é tão forte que ela transborda os quadros estesiológicos habituais, emergindo na consciência do corpo vivido.