Descrição
O artigo focaliza o cenário museológico francês e ambiciona, nesse contexto, expor como o futebol adentrou os museus e como (este movimento) pode inspirar a museografia do século XXI. Há muito considerado como assunto fútil, marcado pela sua aproximação aos gostos dos círculos populares, este esporte foi excluído dos “salões museológicos”. Na França, desde 2010, o futebol fez uma entrada notável nos museus. A partir desta década, o futebol é elevado a um assunto de excelência, no que se refere à compreensão de certas facetas das sociedades contemporâneas. O caminho para o conhecimento e o reconhecimento foi longo. Artistas, de Pablo Picasso a Adel Abdessemed, rapidamente viram o futebol como a expressão de um mundo em mudança. Eles apontaram os desafios do futebol. Paralelamente a grandes eventos internacionais e altamente divulgados, como o Euro Futebol ou a Copa do Mundo, os museus passaram a hospedar o futebol, em iniciativas relacionada à cidadania, à política e à economia. Assim, novas formas de abordar este fenômeno social foram gradativamente incorporada aos museus. O trabalho do etnólogo Christian Bromberger foi convocado e contribui para a legitimação do tema futebol. Conclui que incorporar, globalizar, reverter e descompartimentar são os caminhos a percorrer para explorar as novas áreas de uma museografia em sintonia com os desafios de uma nova era.