Descrição
Partindo da relação entre memória e moda, o artigo propõe uma análise da exposição Rio São Francisco, idealizada pelo designer de moda Ronaldo Fraga. Com o objetivo de examinar o enquadramento do design-história através das narrativas e dos silenciamentos da memória social, os aspectos simbólicos do design são explorados tendo em vista a temporalidade moderna e as regras de organização do campo da moda. Através da análise dos ambientes da exposição e a forma de apresentação de seus conteúdos, evidencia-se um enquadramento que privilegia a figura consagrada do criador e a sua posição de dominação no campo da produção cultural, valorizando a crença que movimenta o campo da moda e estrutura as possibilidades de ação do designer.