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A filosofia e a subjetividade humana: as vicissitudes da enunciação
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Metadados
Descrição
Enunciation performs the dramas, comedies and tragedies practiced by man. It is asystem that offers a range of infinite performing possibilities for users. In it, the subjectshares his space with the other, interacts with several speeches, takes others’ discourses(before which he both positions himself and gets positioned) as his own, for thepreparation of his text. As social machinery, the enunciating event obeys externalprinciples which function as repressive agents – by censuring, on behalf of an idealethics, gestures, postures, attitudes, conceived by society as inadequate. Every newsocial configuration, every new time that affects and crosses us, each new space thatbreaks out, different expedients of oppression and restraint are created in favor,according to Darwin, of the permanence of species. Some considered necessary and"free" from causing us embarrassment, clearly manifest themselves; others, no lessefficient, sometimes even more intimidating, are tacitly conveyed in a mode ofunderlying saying. Language, as a social filter, mediates the process. And enunciationas a phenomenon that glimpses for the relations among men, highlights the pieces andmovements of this phenomenon.||A enunciação encena os dramas, as comédias e as tragédias perpetrados pelo homem. É um sistema que oferece aos usuários uma gama de possibilidades performáticas infinitas. Nele, o sujeito compartilha com o outro seu espaço, interage com discursos diversos, apossa-se de dizeres (diante dos quais se posiciona ou é posicionado) para a elaboração de seu texto. Na condição de maquinário social, o evento enunciativo obedece a princípios externos que atuam como agentes repressores, censurando, em nome de uma ética ideal, gestos, posturas, atitudes concebidos pela sociedade como inadequados. A cada nova configuração social, a cada novo tempo que nos cinge e nos atravessa, a cada novo espaço que se irrompe, diferentes expedientes de opressão e refreamento são criados em prol, segundo Darwin, da permanência da espécie. Alguns, considerados necessários e “isentos” de provocar-nos constrangimentos, manifestam-se claramente; outros, não menos eficientes, às vezes até mais coibitivos, são veiculados tacitamente, nas subjacências do dizer. A linguagem, na condição de filtro social, intermedeia o processo. E a enunciação, enquanto fenômeno que vislumbra as relações entre os homens, põe em evidência as peças e os movimentos desse fenômeno. Palavras-Chave: enunciação – subjetividade – filosofia
ISSN
1516-1536
Periódico
Autor
RODRIGUES, Hermano de França
Data
21 de setembro de 2012
Formato
Idioma
Fonte
Revista Graphos; v. 13 n. 2 (2011): Literaturas de Língua Francesa | 1516-1536
Assuntos
enunciation | subjectivity | philosophy | enunciação | subjetividade | filosofia
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion