Descrição
Neste artigo discorremos, dentro de uma perspetiva eurocêntrica, sobre as alterações provocadas pela globalização nos contextos da pesquisa em Ciências Sociais (Appadurai, 2001; Meneses e Santos, 2011). Em seguida, refletimos sobre os desafios epistemológicos decorrentes destas alterações, tendo como foco o campo da Comunicação no espaço Ibero-Americano e Lusófono (Melo, 2011; Barros, 2011). Discutimos, igualmente, a hegemonia de um pensamento único de matriz ocidental na pesquisa em Comunicação, e pomos em questão a sua capacidade de interpretar e oferecer “soluções” a desafios regionais e locais. Partindo de elementos de proximidade culturais, históricas e linguísticas, mas sobretudo de imaginários e nostalgias comuns acelerados pelas tecnologias digitais (Barker, 1997; Naficy, 1999), argumentamos que os países Ibero-americanos e Lusófonos têm no campo da teoria e da pesquisa em Comunicação condições de se afirmarem como espaço de pensamento autónomo e criativo, face ao pensamento único científico dominante.||In this paper we discuss, within an Eurocentric perspective, the changes brought by globalization in the context of research in Social Sciences (Appadurai, 2001; Meneses e Santos, 2011). Ten we refect on the epistemological challenges arising from these changes, focusing on the feld of Communication Science in Ibero-American and Lusophone space (Melo, 2011; Barros, 2011). We also discussed the hegemony of a unique thought in Communication Studies established inside the Western research, and questioned its capacity to interpret and ofer “solutions” to local and regional challenges.