Descrição
Os viventes citadinos parecem não caminhar mais pelas ruas, o flanar é uma arte quase esquecida. A narrativa da cidade se desloca de seus espaços públicos para seus espaços privados e isso não ocorre sem razões ou consequências. O que antes era primordial na mistura, nos relacionamentos, na criação da história e da identidade urbana se modifica, a cidade se aproxima de tornar-se um não-lugar, com uma narrativa deslocada e fragmentada.Traçando um paralelo entre o livro Noite, de Erico Verissimo, o conceito de não-lugar, de Marc Augé, e o Mal-estar na civilização, de Freud, vemos os desabrochar de um sintoma, ou o desaparecimento de uma instância simbólica: o discurso da cidade.