Descrição
Este trabalho diz respeito ao estudo das representações dos arranha-céus nas charges de J. Carlos, coletadas nas revistas ilustradas Careta e Para Todos entre 1927 e 1943. Nessa época o processo acelerado da verticalização da cidade transmite sensações psicodélicas e vertiginosas aos seus usuários. Essa paisagem futurista altera a experiência perceptiva do indivíduo na metrópole. A percepção do mundo como representação, formado através das séries de discursos que o estruturam leva a uma reflexão sobre o modo como essa configuração pode ser apropriada pelos fruidores das imagens que dão a ver e a pensar o real. Opera-se o interesse de pesquisar as práticas de fruição, ou seja, o processo por intermédio do qual é produzido historicamente um sentido e construída diferenciadamente uma significação. O estudo das imagens se desenvolverá dentro da perspectiva de uma visão mais ampla da história da arte relacionada à perspectiva da cultura visual.