Descrição
O artigo compartilha a experiência de uma creche da Rede Municipal de São Paulo que vem construindo práticas que viabilizem a participação das crianças pequenas no processo de autoavaliação institucional. Defende, à luz das contribuições de Paulo Freire, as crianças como sujeitos de direitos, dentre eles o direito à palavra e à participação, bem como as instituições de educação infantil como espaços propícios para se viver experiências democráticas. Reconhece que as crianças leem e dizem o mundo de um modo muito singular, o que exigiu da equipe docente da creche descentrar-se da cultura adultocêntrica para que, desde uma perspectiva dialógica, considerasse as vozes das crianças na elaboração de propostas que visam a melhoria da qualidade do atendimento na instituição. Conclui que a participação política das crianças deve ser uma constante na construção da qualidade social da educação infantil.