Descrição
O experimento mental dos “zumbis filosóficos” sempre suscita a possibilidade de se especular sobre a condição humana. Um zumbi filosófico nada mais é que um ser desprovido de consciência; um ser que, ao sentir uma agulhada em seu dedão, grita, geme, se contorce de dor, chora etc., mas nada sente acerca da dor. A questão que desejamos levantar neste artigo, ainda em fase preliminar, é a de que se seria possível a existência de zumbis filosóficos epifenomênicos, afinal, para o epifenomenalismo, o plano mental constitui-se num mero by-product, um fenômeno subalterno da natureza completamente descartável, mas que ainda existe na escala evolutiva. Assim, especularemos sobre a “propriedade energética” que envolve os seres biológicos tendo em vista a adaptação, sejam eles seres humanos “normais” ou zumbis filosóficos. Nossa hipótese é a de que, tendo em vista os argumentos filosóficos e biológicos atuais, nada teríamos a dizer sobre a efetiva possibilidade de existência de zumbis, de modo que o epifenomenalismo ainda se sustenta enquanto uma tese viável.