Descrição
Este trabalho tem por objeto uma leitura de O Homem que virou suco (João Batista de Andrade, 1979), a fim de problematizar o viés miserabilista, vitimizante, que rebaixa a figura do imigrante nordestino, pensando-a a partir de uma política do rosto que busque um outro traçado que escape aos traços engessados de uma imagem sua estereotipada, que desfaça os contornos aprisionadores que encerram essa figura na moldura de um retrato despotencializador, historicamente estigmatizada nas telas do cinema e da televisão.||This paper aims to analyze João Batista de Andrade’s O Homem que virou suco (1979) from a political perspective that seeks to problematize the crystalized stereotypical image of the migrant from the Northeast of Brazil as historically stigmatized in our audiovisual culture. The focus is on the politics of the face as a means to empower the image of the migrant and potencialize their otherwise victimizing portrayal.