Descrição
Muitos críticos dividem a obra sartriana em dois momentos: o primeiro, caracterizado pelo solipsismo e ausência de preocupações históricas, seria representado pelo livro O ser e o nada, e o segundo, caracterizado pelas questões sociais e marxistas, seria representado por Crítica da Razáo Dialética. Pretendemos mostrar, no entanto, que a história nunca esteve ausente dos escritos filosóficos e literários de Sartre. Embora sem o peso que terá na Crítica, a história aparece em O ser e o nada e nos livros anteriores, até mesmo para o personagem Roquentin de A Náusea, normalmente visto como o exemplo do solipsimo do "primeiro" Sartre. Por meio de seu diário, poderemos perceber que a história penetra surdamente em sua pacata vida na pequena cidade de Bouville. Palavras-Chave: Contingência; História; Literatura; Metafísica; Sartre