Descrição
O objetivo central desta dissertação é analisar as transformações ocorridas na área da Museologia no Brasil a partir de uma leitura da Reforma Curricular promovida pelo Curso de Museus do Museu Histórico Nacional - MHN, em 1944 e implantada no ano letivo de 1945. A proposta é entender a reforma não somente como reflexo de seu principal mentor, Gustavo Barroso, diretor do MHN, como é frequentemente divulgado, mas também como um produto perfeitamente sintonizado ao contexto da Era Vargas, tendo como mote principal o nacionalismo. Serão abordados alguns aspectos das mudanças administrativas promovidas pelo Governo Vargas com ênfase nas áreas da Educação e da Cultura. Serão analisados também os principais pontos da Reforma que repercutiram na estrutura curricular do Curso de Museus e que influenciaram a atuação dos conservadores de museus egressos do Curso face ao “mercado de trabalho” que se delineava nas décadas de 1930 e 1940, com a criação de novos museus, não somente na então capital federal do Rio de Janeiro – Museu Casa de Rui Barbosa, Museu Histórico da Cidade do Rio de Janeiro, Museu Antonio Parreiras e Museu Nacional de Belas Artes, como também em outras cidades do país – Museu Imperial de Petrópolis (RJ), Museu das Missões de São Miguel (RS), Museu da Inconfidência de Ouro Preto (MG) e Museu do Ouro de Sabará (MG) – todos estes com fortes conotações nacionalistas.