Descrição
A reforma ornamental ocorrida nas igrejas baianas, no século XIX, destituiu conjuntos inteiros de talha realizados no século XVIII em função de uma ornamentação mais condizente com a moral católica oitocentista. Contudo muito ainda restou de conjuntos ornamentais barrocos e híbridos de barroco e rococó, a exemplo da Igreja do Convento de São Francisco de Salvador, a sacristia do Convento de N. Sra. do Monte do Carmo, o retábulo-mor e toda a capela-mor do Convento de N. Sra. da Conceição da Lapa, além de retábulos no Convento de Santa Tereza D’Ávila, atual Museu de Arte Sacra e outras. Neste artigo analisamos a introdução de modelos retabilísticos no século XVIII em Salvador, Bahia, a constituição de tradições formais, os artistas que contribuíram para estas implantações e a dinâmica estilística que resultou numa tipologia híbrida e numa incurssão precoce da estética neoclássica através dos espécimes Luis XVI.