Descrição
Não faz maior sentido perder-se em discussões sobre ser ou não inacabada a realização de Hélio Oiticica rodada na Wall Street de 1972 levando-se em conta o filme que temos visto desde 1992 (em quase todas as retrospectivas do artista mundo afora) enquanto uma obra experimental concebida a partir da prática superoitista brasileira daquele início de década. Consideramos nesta análise sua relação com essa matriz de experiência, além do diálogo profícuo do artista não só com o cinema anterior de seu país como também sua cultura, política, arte e literatura reativadas desde o século pregresso.||It doesn’t make any sense to waste time with discussions about the work shot in Wall Street, 1972, being or not being unfinished, considering the film we have been seeing since 1992 (in almost all the artist’s retrospectives around the world) as an experimental oeuvre conceived from the supereightist practice of that decade beginning. We consider in this analysis its relation with this experience matrix, and the artist’s fruitful dialogue not only with his country’s previous cinema but also with his culture, politics, art and literature reactivated from the previous century.