Descrição
Neste ensaio, o anonimato será considerado como circunstância de problematização do arte-ativismo hacker. O foco de discussão será o tipo de alteridade implicada em táticas de renúncia ou revogação opostas à autoria exclusiva ou restritiva, em trabalhos artísticos vinculados com a contestação de diversos modos de opressão. Embora as duas opções sejam diretamente associadas a iniciativas de descentramento ou ocultação relativas à subjetividade, também propiciam um caráter agenciador e transubjetivo às propostas de artistas como Eva & Franco Mattes e Giselle Beiguelman, além de projetos como Art is Open Source e F.A.T Lab. A partir desses exemplos, comentamos aspectos da alteridade operacional e política que envolvem a realização, distribuição e usos das imagens e signos pós-digitais.