Descrição
A alucinação política das telas é uma realidade que se impõe aos cidadãos, artistas e escritores. O usuário de telas hoje tem acesso a uma riqueza de conteúdos que ele pode atravessar, tornando-se o editor das imagens e textos que recebe e que já são, eles próprios, construções da realidade feita por outros. Este artigo abre caminhos para a reflexão sobre as questões estéticas e políticas da criação contemporânea no contexto do trabalho do grupo TELAA (Telas Eletrônicas, Literatura e Artes Audiovisuais) da Universidade de Brasília. Como o artista pode questionar o mundo sabendo que suas próprias obras serão submetidas ao mesmo tratamento? Que ressonâncias as obras de arte podem ter em um mundo de imagens em constante construção que evacua um presente necessário para a reflexão emancipatória? Que relações diretas o artista pode estabelecer com seu público sem alterar seu processo criativo por meio do controle sobre o significado de suas obras?