Descrição
De acordo com o filósofo afro-americano Molefi Asante, a anterioridade das civilizações clássicas africanas deve ser considerada em qualquer pesquisa que busque discutir o desenvolvimento dos fenômenos culturais africanos. Denotando, a falta desses pontos de referência, uma desconexão e descontinuidade histórica. No presente trabalho pretendemos fazer um levantamento bibliográfico qualitativo sobre a produção acadêmica de filosofia, investigando os efeitos da recepção do conceito de Afrocentricidade pelos profissionais dessa área de ensino no Brasil, sua utilização como ponto de partida para problematizar a permanência do pensamento racista e colonial reproduzido nos ambientes educacionais, refletindo a partir disso sobre o paradigma da Afrocentricidade como uma forma de enfrentamento dos fenômenos complexos do Racismo Epistêmico e do Epistemicídio, seguindo a esteira de diversas especialistas de diferentes áreas do ensino.