Descrição
“Penélope” é o último capítulo do cânone modernista da língua inglesa Ulisses (1922), de James Joyce. O monólogo interior de Molly Bloom é uma explosão lírica do universo feminino, onde o leitor é confrontado com um fluxo não-restrito de emoções e sentimentos, em livre-associação e total desobediência às regras gramaticais, pois não há pontuação, letras maiúsculas ou apóstrofes em “Penélope”. Joyce, com total maestria, expressa a coragem e rebeldia da mulher pelos lábios de Molly, levando-nos a considerar como a memória, o tempo e as imagens são construídas no discurso feminino e, conseqüentemente, no discurso memorialista.
Palavras-chave: memória; tempo; imagens; discurso feminino; discurso memorialista.