-
Beyond atlantic: the translation practice of Herberto Helder||Além atlântico: a prática tradutória de Herberto Helder
- Voltar
Metadados
Descrição
Translation, in the work of writer Herberto Helder, performs a winding rewriting aimed at reenacting the voices of poets who, in different times and cultures, shared elements of a specific poetic knowledge. In the present study, I consider the hypothesis that the ways explored by the Portuguese poet to set up a dialogue with other texts are not restricted to the realm of a national memory nor to any sort of Portuguese mythic-imperialistic imaginary. As a translator, Helder keeps his attention on the Amerindian poetry – from the Aztec, Quechua, Yuma, Sioux, Omaha, Navajo, and Rocky Mountain peoples – as well as on the Eskimo, Tartar, Japanese, Indonesian, Arabic-Andalusian and Mexican Nahuatl poetic traditions. His translation practice seems to refuse the notion of literature as a discourse historically delimited in time and space, once he ignores a considerable part of European civilization modern poetry, and does not choose poets and poems for their belonging to a utopic only Portuguese language, rather preferring voices that heterodoxically mix raving and lucidity.||A tradução, na obra do escritor Herberto Helder, opera uma sinuosa reescrita que visa a atualização de vozes de poetas que, em temporalidades distintas, culturas diversas, partilharam elementos acerca de um específico saber poético. A hipótese que se levanta é que a via a que recorre o poeta português para o estabelecimento do diálogo com textos outros não se restringe ao espaço de uma memória nacional ou de um imaginário imperialista e mítico português. Helder se detém, como tradutor, na poesia ameríndia – asteca, quíchua, Yuma, Sioux, Omaha, Navaja, na dos índios das montanhas rochosas, na dos peles-vermelhas - como também na dos esquimós, tártaros, japoneses, indonésios, árabes-andaluzes e mexicanos do ciclo nauatle. A sua prática tradutória parece recusar a noção de literatura como discurso historicamente demarcado no espaço e no tempo ao ignorar parte considerável da poesia moderna oriunda da civilização européia. Escolhe poetas e poemas não em termos utópicos de uma circunscrição de uma única língua portuguesa, mas vozes que heterodoxalmente mesclam lucidez com desvario.
ISSN
2175-7968
Periódico
Autor
Sedlmayer, Sabrina
Data
30 de outubro de 2014
Formato
Identificador
https://periodicos.ufsc.br/index.php/traducao/article/view/2175-7968.2014v3nespp198 | 10.5007/2175-7968.2014v3nespp198
Idioma
Direitos autorais
Copyright (c) 2014 Cadernos de Tradução
Fonte
Cadernos de Tradução; Edição especial: Depois de Babel (número 2- jul/dez 2014); 198-211 | Cadernos de Tradução; Edição especial: Depois de Babel (número 2- jul/dez 2014); 198-211 | Cadernos de Tradução; Edição especial: Depois de Babel (número 2- jul/dez 2014); 198-211 | 2175-7968 | 1414-526X
Assuntos
Herberto Helder | Tradução | Atlântico | Nachleben | Herberto Helder | Translation | Atlantic | Nachleben
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion