-
Body in dis(course): domination and resistance in the Handmaid Tale||O corpo em (dis)curso: dominação e resistência no Conto da Aia
- Voltar
Metadados
Descrição
Interest in the body as an object of knowledge is as old as civilization. Its modes of representation have been transformed along with the discursive practices that defines. This contributed to present the body as an analytical element of social relations and as an object of representation for behaviors, attitudes, morality, aesthetics and ethics of a given socio-historical period. In this paper we undertake an analysis of interpretation gestures regarding woman subject body in the book The Handmaid’s Tale by Margaret Atwood (1985 [2017]) and the television adaptation created by Bruce Miller in 2017. As theoretical and methodological framework we follow the discursive studies of Pêcheux (2014, 2015, 2016), Orlandi (2016) and Ferreira (2013). We aim to understand in both literary and filmic versions the discursive modes of domination and resistance of/in the body. In this perspective, two discursive functions are characterized: the one of the dominated body and the one of the resistant body, the latter unfolding in two positions: subsistence body and erotic body.||O interesse pelo corpo, enquanto objeto do conhecimento, é tão antigo quanto a civilização. Seus modos de representação têm se transformado junto com as práticas discursivas que o definem, e com isso tem se mostrado elemento analítico das relações sociais e objeto de representação dos comportamentos, atitudes, moralidade, estética e ética de um determinado período sócio-histórico. Empreendemos nesse trabalho uma análise dos gestos de interpretação acerca do corpo do sujeito mulher no livro O conto da Aia, de autoria de Margaret Atwood (1985 [2017]), e em sua adaptação televisa criada por Bruce Miller em 2017. Teremos como base teórica e metodológica os estudos discursivos de Pêcheux (2014, 2015, 2016), Orlandi (2016) e Ferreira (2013). Buscaremos compreender, nas duas versões, literária e fílmica, os modos de discursivização da dominação e da resistência do/no corpo. Nessa perspectiva, dois funcionamentos discursivos serão caracterizados: o do corpo dominado e o do corpo resistente, esse último se desdobrando em duas posições: corpo-subsistência e corpo-erótico.
ISSN
1984-4018
Periódico
Colaboradores
CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Autor
Sampaio, Ariane Silva da Costa | Farias, Washington Silva de
Data
17 de novembro de 2020
Formato
Identificador
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/11630 | 10.30612/raido.v14i35.11630
Idioma
Relação
https://ojs.ufgd.edu.br/index.php/Raido/article/view/11630/6313 | /*ref*/ATWOOD, M. E. O conto da aia. Rio de janeiro: Rocco, 2017. | /*ref*/BARBOSA, M. R.; MATOS, P. M.; COSTA, M. E. Um olhar sobre o corpo: o corpo ontem e hoje. Psicologia e Sociedade, 23(1), p. 24-34, 2011. | /*ref*/BATAILLE, G. O erotismo. Porto Alegre: L&PM, 1987. | /*ref*/BEAUVOIR, S. O segundo sexo: fatos e mitos. 5. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2019. | /*ref*/BUTLER, J. Corpos que pesam: sobre os limites discursivos do sexo. In: LOURO, G. L. (org.) O corpo educado: pedagogias da sexualidade. Belo Horizonte, Autêntica, 1999, p. 151-172. | /*ref*/BUTLER, J. Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade. 11. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2016. | /*ref*/CAMPELLO, E.; SCHMIDT, R. T. Corpo e literatura. Ilha do deserto, Florianópolis, v. 68, n. 2, p. 09-14, 2015. | /*ref*/DEL PRIORE, M. L. M. Dossiê: a história do corpo. Anais do Museu Paulista, v. 3, p. 9-26, 1995. | /*ref*/FEDERICI, S. Calibã e a bruxa: mulheres, corpo e acumulação primitiva. São Paulo: Elefante, 2017. | /*ref*/FERREIRA, M. C. L. O corpo como materialidade discursiva. REDISCO, v. 3, n. 1, nov. 2013. | /*ref*/FOUCAULT, M. Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 1979. | /*ref*/FOUCAULT, M. Vigiar e punir: o nascimento da prisão. 20. ed. Petrópolis: Vozes, 1987. | /*ref*/FOUCAULT, M. História da sexualidade: a vontade de saber. 13. ed. Rio de Janeiro: Edição Graal, 1988. | /*ref*/ORLANDI, E. P. Por uma teoria discursiva do sujeito. In: ORLANDI, E. P. Discurso em análise: sujeito, sentido e ideologia. 3. ed. Campinas: Pontes Editores, 2016, p.213-234. | /*ref*/PÊCHEUX, M. Semântica e discurso: uma crítica à afirmação do óbvio. 5. ed. Campinas: Editora Unicamp, [1975] 2014. | /*ref*/PÊCHEUX, M. Papel da memória. In: ACHARD, P.; DAVALON, J.; DURAND, J. L.; PÊCHEUX, M.; ORLANDI, E. P. Papel da memória. 4.ed. Campinas, São Paulo: Pontes, [2007] 2015. | /*ref*/PÊCHEUX, M. Metáfora e interdiscurso. In: ORLANDI, E. (Org.) Análise de discurso: Michel Pêcheux – textos escolhidos por Eni Orlandi. Campinas: Pontes Editores, 2016, p. 151-161. | /*ref*/SCAVONE, L. Nosso corpo nos pertence? Discursos feministas do corpo. Revista Gênero, v. 10, n. 2, p. 47-62, 1.sem. 2010. | /*ref*/TEDESCHI, L. A. As mulheres e a história: uma introdução teórica metodológica. Dourados: Ed. UFGD, 2012. | /*ref*/THE HANDMAID’S Tale. Direção: Bruce Miller. Estados Unidos: HULU, 2017. Disponível em: https://globoplay.globo.com/the-handmaids-tale/t/QDFNw11dPX/. Acesso em: 2 jun. 2019.
Direitos autorais
Direitos autorais 2020 Raído | https://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/br/
Fonte
Raído; v. 14, n. 35 (2020); 119-139 | 1984-4018
Assuntos
Body. Discourse. Domination. Resistance. The Handmaid’s tale. | Letras, Linguística e Artes | Corpo. Discurso. Dominação. Resistência. O Conto da Aia.
Tipo
info:eu-repo/semantics/article | info:eu-repo/semantics/publishedVersion