Descrição
O presente artigo aponta para uma peculiaridade inerente à estrutura formal e espacial da arquitetura moderna brasileira, que a distancia das postulações racionalizadoras apregoadas pelas vanguardas construtivas (implantação serial e uniforme). A disposição deliberadamente compositiva, identificada em conjuntos arquitetônicos como Pampulha e o centro cívico de Brasília, demonstra a disposição local pelo projeto de um espaço hierarquizado, definido por uma clássica relação de contraste entre opostos, tais como: curva/reta, opacidade/transparência, luz/sombra, vertical/horizontal, dinâmico/estático. A relação de complementariedade entre as formas dispostas no espaço, inclusive com a frequente presença da escultura figurativa no ambiente exterior, revela um paradoxal fundo acadêmico no projeto do espaço da arquitetura moderna brasileira, que o artigo pretende revelar.