Descrição
Este artigo tem como objetivo abordar as experiências cotidianas e as construções de gênero de travestis idosas residentes na cidade do Rio de Janeiro. A proposta visa salientar as “artes de saber e fazer” e as ''táticas e astúcias” (DE CERTEAU, 2008) através das quais as travestis foram conquistando seus espaços e territórios, seu direito de ir e vir, formando redes de sociabilidades e, portanto, configurando um sentido de “ser” e “estar” na cidade e na sociedade. Além disso, intenciona refletir sobre o complexo jogo de negociação da realidade envolvendo o fenômeno da travestilidade no âmbito das metrópoles brasileiras e da sociedade moderno-contemporânea. À medidaque envelhecem, as travestis reivindicam a “identidade de senhora”, assim, como “senhoras”, elas interagem com outros sujeitos em suas práticas cotidianas. O fato de ser “confundida como senhora” em suas interações sociais é percebido como um status perante o grupo e, num sentido mais abrangente, perante a sociedade.Palavras-chave: Travestis. Envelhecimento. Cidade. Gênero.
