Descrição
This paper aims to present an experience developed between 1996 and 2018, with the perspective of promoting an education committed to the fight against prejudice and racism, by investing in actions and discussions based on reading literary works, with Elementary School students. The experience field occurred in a public school, located in the city of Goiânia, involving children from 7 to 9 years old. In order to reflect on issues observed during the experiment, activities were developed from reading the books Menina bonita do laço de fita (2000), by Ana Maria Machado, and Obax (2011), by André Neves were taken as references, as well as studies of Candido (1995), Fannon (2008), Munanga (2013), Schucman (2014), Bettelheim (2002) and Franz (1984). As a legal basis, National Curriculum Guidelines to the Education of Ethnic-Racial Relations and for Teaching of Afro-Brazilian and African History and Culture (2004) and Law nº. 11.645, of March 10, 2008, were made as references. This experience has shown that, as children accessed the work references, carried out the proposed activities and became involved in the promoted debates, they were able to deconstruct the stereotyped concepts they brought about the African continent. At the same time, they carried out a reflection exercise, which led them to self-recognition and the perception of different identities wealth.||O presente texto tem por objetivo apresentar uma experiência desenvolvida no período de 1996 a 2018, na perspectiva de promover uma educação comprometida com o combate ao preconceito e ao racismo, por meio do investimento em ações e discussões baseadas na leitura de obras literárias, com alunos do Ensino Fundamental. O campo da experiência é uma escola pública, localizada no município de Goiânia, e os envolvidos são crianças de 7 a 9 anos de idade. Para refletir sobre as questões observadas no decorrer da experiência, foram tomadas como referências atividades desenvolvidas a partir da leitura das obras “Menina bonita do laço de fita”, de Ana Maria Machado (2000), e “Obax”, de André Neves (2011), além de estudos de Candido (1995), Fanon (2008), Munanga (2013), Schucman (2014), Bettelheim (2002) e Franz (1984). Como base legal, constituíram-se referências as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana (BRASIL, 2004) e a Lei nº 11.645, de 10 de março de 2008 (BRASIL, 2008). A experiência demonstrou que, à medida que as crianças acessavam as obras, realizavam as atividades propostas e se envolviam nos debates promovidos, iam desconstruindo os conceitos estereotipados que traziam acerca do continente africano. Ao mesmo tempo, faziam um exercício de reflexão, que as levavam a um autorreconhecimento e à percepção da riqueza das diferentes identidades.
